No Brasil, os carros da coreana SsangYong são conhecidos principalmente pela estranheza de seu design. Seja por uma ousadia extrema, caso do Actyon, ou simplesmente pela desarmonia das linhas, como o Rexton. Não conquistaram muitos consumidores mas, quando o faziam, era mais pela relação custo/benfício do que pela beleza.
A parceria com a Mercedes-Benz, que autorizava o uso de motores antigos, também chamava a atenção. Entretanto, desde que beirou a falência e foi absorvida pela indiana Mahindra, depois da crise de 2008, a SsangYong decidiu mudar. E a terceira geração do Korando é o que melhor marca essa nova fase.
O modelo havia saído de linha em 2006 e voltou em 2010 com vários evoluções. Ganhou design do italiano Giorgetto Giugiaro, um moderno propulsor próprio – a diesel – e equipamentos que o nivelam a concorrentes muito mais tradicionais.
JEEP GRAND CHEROKEE T DIESEL
A familia Cherokee acaba de crescer com a chegada da opção do motor a diesel.
Esta será a versão top de linha e devera custar R$ 219.900,00 e conta com um belo motor
V6 de 241 cv, câmbio automático de cinco marchas e tração 4X4. Entre os equipamentos de
serie estão : ar condicionado dual-zone e sete airbags.
MITSUBISHI LANÇA VERSÃO HLS
Depois de ser ultrapassada pela Amaork nas vendas em 2013, a Mitsubishi resolveu lançar uma versão mais barata de sua picape mais vendida, a L200 Triton. Denominada HLS, a versão de entrada é equipada com o novo motor 2.4 flex, 4 cilindros em linha, 16 válvulas, SOHC, injeção eletrônica multiponto sequencial que desenvolve uma potência de 142cv a 5000 rpm e torque de 22 kgfm a 4000 rpm (etanol). O modelo chega às revendas da marca japonesa em março custando R$ 79.990.
Motor 2.4 flex entrega 142 cv de potência
O tanque de 90 litros dá ainda mais autonomia para essa picape, ideal para as aventuras com a família ou os deslocamentos a trabalho durante a semana. "A picape é equipada com tração traseira, o que garante um melhor aproveitamento em todos os tipos de terreno, mesmo aqueles com baixa aderência. Isso garante maior segurança, principalmente em rampas com piso escorregadio, onde o peso é transferido para trás", explica Reinaldo Muratori, diretor de Engenharia da Mitsubishi Motors. A picape vem com ar condicionado, airbag duplo, vidros elétricos, direção hidráulica, sistema keyless de abertura das portas, volante com ajuste de altura, rádio AM/FM, CD Player com MP3 e Bluetooth e entrada USB e auxiliar frontal.
A picape traz condicionado, airbag duplo, vidros elétricos e direção hidráulica
A parte externa recebe retrovisores com ajuste elétrico, molduras dos para-lamas na cor do veículo e a nova grade dianteira cromada, que reforça o visual robusto das cabines duplas Mitsubishi. Além disso, a picape conta com para-barros dianteiros e traseiros, para-choque traseiro com lentes refletoras e para-choques na cor do veículo. Para completar o visual, rodas de liga leve de 16 polegadas e pneus 265/70 R16. A L200 Triton HLS junta-se a outros cinco modelos: L200 Triton HPE, L200 Triton Savana, L200 Triton GLS, L200 Triton GLX e L200 Triton GL.
A parte externa apresenta retrovisores com ajuste elétrico
SUZUKI JiMNY NACIONAL
Por R$ 55,990,00 a Suzuki relança o jipinho agora com
cidadania brasileira
Aquela estranha sensação de que eu conheço você de algum lugar nunca bateu tão forte durante um evento de lançamento. Pudera, o Suzuki Jimny é conhecido de vista desde 1998, quando desembarcou por aqui logo depois de ter sido lançado. Até perdemos contato após a Suzuki sair do mercado brasileiro em 2003. Porém, quando voltou cinco anos depois, sob nova direção, passamos a manter aquele contato. Os encontros no trânsito prometem ficar mais comuns, já que o Jimny foi naturalizado em novembro último.
O jipinho é produzido em Catalão (GO) na mesma fábrica da MMC que produz os Mitsubishi brasileiros, mas vai ganhar ser transferido para uma nova fábrica em breve. Além da nacionalidade tupiniquim, o Jimny passou por um rápido facelift, literalmente. A frente ficou pouca coisa mais alta, o que alterou o visual dos faróis e do capô, que agora tem uma entrada de ar. A Suzuki diz que não pode mexer muito no carro para não desagradar os fãs do modelo. Em uma comparação “forçada”, seria mais ou menos o que a Porsche fez com o 911 neste últimos 50 anos, sem tantas novidades, contudo.
Sob o capô, tudo continua igual também. O motor é o mesmo 1.3 16V usado desde 2001, ainda movido apenas a gasolina. O preço também não baixou. A versão mais barata é o Jimny 4All, que parte de R$ 55.990 e traz apenas o trivial ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico e sistema de som com CD/MP3, entrada auxiliar, USB e viva-voz Bluetooth.
Bolsas infláveis frontais e freios ABS não estão disponíveis nem como opcionais. Os itens serão oferecidos a partir de outubro. “Eu como consumidor tenho as minhas dúvidas. Para a cidade e estrada, tudo bem. Agora no off-road, o uso desses itens é questionável. Não consideramos mandatório”, justifica Luiz Alberto Rosenfeld, presidente da Suzuki. E quanto ao público que pode ver o jipinho como uma proposta urbana, como a própria marca pretende? “Talvez para esse público faça falta”, admite o executivo.
O percentual da obrigatoriedade de freios ABS e airbags aumenta gradualmente a cada ano até chegar a 100% da frota em 2014. “Isso diz respeito à linha inteira, então os modelos importados como o Grand Vitara compensam o Jimny”, explica Rosenfeld. Na verdade, o Suzuki está liberado por outras duas brechas na legislação. Para começar, o Jimny é um projeto antigo, já registrado, o que o exime de oferecer ambos os itens. Além disso, como fora de estrada ele também é liberado da obrigatoriedade. Diante disso, foi uma surpresa encontrar ganchos Isofix de fixação de assentos infantis no banco traseiro.
Versões
Para dar uma espanada na linha, a Suzuki oferece também outras três versões. O Jimny 4Sun sai por R$ 59.990 e entrega no nome o seu principal chamariz, o teto solar de lona elétrico feito pela Weibasto. A área aberta ilumina até o banco traseiro e há duas memórias de posição para facilitar. O 4Sport custa R$ 61.990 e tem espírito mais lameiro e, além de poder vir com pneus especiais para lama, tem para-lamas recortados para comportar o novo conjunto no fora-de-estrada e faróis com máscaras. Ainda há o 4Work que usa basicamente o mesmo conjunto do 4Sport porém simplificado para frotistas, com direito a opções práticas como engates dianteiro e traseiro e interior totalmente lavável.
São preços elevados para um jipinho que parece ter sido desenhado por um quadrinista de mangá. Isso fica ainda mais claro quando pintado com uma das cores especiais (Roxo Ipê, Rosa Croma, Amarelo Soar, Laranja Fun e Azul Pacífico). No Japão, o Jimny mais vendido foi a versão de 660 cm³ enquadrada como kei car, aqueles microcarros que pagam menos impostos.
Foi possível colocar o Jimny à prova em vários ambientes, entre o evento de lançamento na pista privada do grupo em Mogi-Guaçu, o teste de pista em Tatuí e uma volta em São Paulo. Na metrópole, o modelo na cor Rosa Croma chamava mais atenção que muitos carrões recém-lançados que já passaram pelas nossas mãos. O jipinho não tremeu diante das piadas, mas nós brindou com sacolejos fortes a cada buraco.
Culpa das suspensões por eixo rígido. O Jimny aposta no mesmo esquema robusto que equipa outros lameiros assumidos como o Land Rover Defender e Jeep Wrangler e também não abre mão da construção brucutu de cabine sobre chassi separado. O Jimny até pode acenar para aqueles que querem um funcar alternativo, como se fosse um Fiat 500 pronto para sair do shopping direto para a Terra do Fogo. Mas o seu negócio não é o asfalto.
O pacote é compacto e o raio de giro de apenas 4,9 metros, porém manobrar o carro equipado com pneus 205/70 aro 15 exige um pouco mais de força no volante. Na estrada, em velocidades maiores, o Jimny não transmite insegurança. A despeito da altura elevada, encara curvas com dignidade, sem encorajar abusos. O modelo deixa claro que ali não é a sua praia no altíssimo ruído aerodinâmico, ainda mais na versão 4Sun testada. Chega a sobrepujar o barulho do motor que a 120 km/h chega aos 4 mil RPM.
Além do ruído, o vento incomoda também na hora de cruzar com veículos maiores. As retomadas são lentas e o câmbio poderia ser mais macio para dar uma mão nessas horas. A pista entregou o que já suspeitávamos: o desempenho é na prática similar ao de um popular 1.0, mesmo diante do peso pouco superior a 1 tonelada.
Ficha técnica - Suzuki Jimny 1.3 16V
Motor
Longitudinal, dianteiro, quatro cilindros, gasolina, 1.328 cm³, 16 válvulas
Potência
85 cv a 6.000 rpm
Torque
11,2 kgfm a 4.100 rpm
Transmissão
Manual de cinco marchas, traseira com integral temporária e marcha reduzida
Suspensão
Eixos rígidos na dianteira e na traseira
Direção
Hidráulica
Freios
Discos na frente e tambores atrás
Comprimento
3,675 metros
Altura
1,705 metros
Largura
1,600 metros
Entre-eixos
2,250 metros
Tanque
40 litros
Porta-malas
113 litros
Peso
1.060 kg
Números de teste
Aceleração 0-100 km/h
15,1 segundos
0-400 m
19,5 segundos
Retomada 40-80 km/h
9 segundos
Retomada 80-120 km/h
25,4 segundos
Frenagem 100-0 km/h
59,8 metros
Frenagem 80-0 km/h
37,2 metros
Frenagem 60-0 km/h
20,4 metros
Consumo em estrada
12,1 km/l
A falta de regulagens de volante e banco pode dificultar a vida de motoristas muito baixos ou altos. O conforto também não é auxiliado pelo difícil acesso ao banco traseiro, suficiente apenas para adultos medianos. Quem vai atrás conta pelo menos com um botão ao alcance do pé para empurrar o banco dianteiro. Menos prático é o porta-malas de apenas 113 litros, que pode ser ampliado pelo rebatimento bipartido do encosto traseiro ajustável em duas posições.
Em outros pontos, a convivência é mais agradável. No uso diário, facilitam a altura elevada de direção e a visibilidade boa. É até curioso tocar o carro com toda aquela visão do capô, sem falar nos retrovisores bem dimensionados. O painel também foi redesenhado. O estilo e acabamento não emocionam. Mas o mecanismo de tração integral passou a ser acionado por botões, bem menos rude que a alavanca usada originalmente.
Off-road
O Jimny é a última encarnação de uma linhagem que surgiu em 1971. Até o modelo, os jipinhos eram chamados de Samurai. E até que o novo nacional merecia um nome mais valente. Foi a impressão que ficou após submetermos a versão 4Work do modelo a provações de fazer crossover medrar.
Equipada com pneus lameiros, a versão para frotistas é basicamente a mesma do 4Sport, com os pneus lameiros 215/75 opcionais. Esse conjunto não pode equipar o Jimny 4All ou 4Sun porque exige para-lamas recortados. Se não ajudam em nada no asfalto, os pneus fazem toda diferença quando o terreno fica feio. Os ângulos de entrada e saída das versões convencionais ficam em convincentes 37º e 46º, que são ampliados consideravelmente para 45º e 51º, respectivamente.
Os caras que estão montados em Engesas e Trollers podem até querer tirar um sarro do Suzuki, mas não mudariam de ideia ao ver o que o pequeno faz. Inclinações laterais apertadas são vencidas com facilidade, a despeito do elevado centro de gravidade. A leveza do Jimny faz a diferença. Basta engatar a reduzida para se esquecer que está num motor 1.3 com 11,2 kgfm de torque.
Graças ao entre-eixos curtinho, o jipinho não encalha com facilidade. Passamos por valetas pronunciadas que não meteram medo. E o curso de suspensão bastou para enfrentar rochas pontiagudas. Ao final do teste, a impressão que temos é que o Jimny ainda é um projeto eficiente para o que se presta. Desde que introduzido no habitat correto.
NOVO JEEP GRAND CHEROKEE A DIESEL
Versão CRD traz V6 de 241 cavalos e é oferecido a partir de R$ 219.900
Cada vez mais Fiat, cada vez menos Mercedes-Benz. A contínua reformulação dos modelos do grupo Chrysler chegou ao mais que tradicional Jeep Grand Cherokee, finalmente disponível por aqui com motor a diesel, no caso, o novo V6 3.0 turbo. Colocado pela marca como concorrente direto de Land Rover Discovery 4SE e Mitsubishi Pajero Full 3.2, a versão CRD (de common rail diesel) do jipão tem preço sugerido de R$ 219.900. Para quem curte a boa e velha terapia off road e força de sobra sob o capô, vale cada centavo.
Segundo a Jeep, o novo propulsor, produzido pela italiana VM Motori (que conta com 50% de participação da Fiat), é 10% superior em potência e torque ao motor alemão usado anteriormente. Com tecnologia Multijet II, duplo comando de válvulas roletado no cabeçote, quatro válvulas por cilindro, bloco de ferro grafite, virabrequim de aço forjado e turbina Garrett de geometria variável, esse V6 rende 241 cavalos a 4 mil rpm e mais que generosos 56 mkgf de torque entre 1.800 e 2.800 rpm, qualidades que fazem esse grandalhão de 2.347 quilos acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 8,2 segundos e atingir 202 km/h de velocidade máxima. Esse motor trabalha em conjunto com a transmissão automática de cinco velocidades, com opção de trocas sequenciais (por movimentos laterais da alavanca).
O melhor nisso tudo foi poder acelerar o Grand Cherokee na apresetação que a Jeep fez à imprensa. A primeira parte do percurso foi pelo asfalto, boa parte dela pela rodovia Ayrton Senna, de São Paulo (SP) até a tranquila Santo Antônio do Pinhal (SP). Na pista bem cuidada, a agilidade do modelo impressiona. Na saída de cada pedágio, a diversão era arrancar com tudo só para sentir a força brutal do V6 empurrando o corpo contra o encosto do banco, efeito típico de modelos esportivos. Foi justamente por conta disso que a montadora adotou uma calibração de suspensão pouco mais rígida que a da versão a gasolina, até porque a carroceria também é jogada contra o eixo traseiro – acredite, não é exagero.
A mudança não afetou o conforto oferecido pelo modelo, que se mostrou bastante estável. Os predicados da nova versão se mostraram igualmente marcantes no trajeto por uma longa trilha que liga as cidades paulistas de Santo Antônio do Pinhal e Tremembé. Verdade que não havia nenhum obstáculo super-radical, mas o percurso foi mais que suficiente para explorar não apenas o V6, como também as opções de ajuste eletrônico da tração 4x4 permanente (para terra batida, terrenos escorregadios ou com muitas pedras, além da 4x4 reduzida).
Para completar a lista de qualidades desse novo motor, 20% menos poluente que o antecessor, faltou falar sobre o consumo de diesel. Segundo a Jeep, o Grand Cherokee CRD é capaz de percorrer 9,7 km/l de combustível na cidade e 13,9 km/l na estrada, o que dá um consumo combinado de 12 km/l. Considerando esses resultados e o tanque de 93,1 litros, a autonomia do jipe pode chegar a 1.122 quilômetros. Mais um bom motivo para dirigir esse modelo completo por horas e horas.