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RENAULT FLUENCE GT, DE


COMPORTADO SÓ A CARA

 

 

Embora tenha algumas mudanças no visual, como o spoiler integrado ao para-choque, a diferença em relação à versão normal aparece quando se pisa no acelerador (Fotos: Marlos Ney Vidal/EM/D.A PRESS)

 

 
 

Para tentar turbinar as vendas do Fluence, a Renault levou a expressão ao pé da letra, criando a versão esportiva GT, que tem motor 2.0 16V turbo de 180cv. Dada a importância da missão, a marca francesa deixou a preparação do carro a cargo da sua divisão Sport Technologies, que se destaca na Europa pela excelência técnica na transferência de tecnologia de carros de competição para os modelos de rua. Trata-se do primeiro veículo com esse selo vendido no Brasil. O Fluence GT, que foi um dos destaques do Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro do ano passado, chega para encarar Peugeot 408 Griffe THP e VW Jetta Highline 2.0 Turbo DSG.

 

 

ESTILO A roupagem esportiva externa e interna foi concebida pela equipe do Renault Design América Latina (RDAL), que é o primeiro estúdio de design da marca francesa no continente americano. Por fora, a versão apimentada difere da “normal” pelo spoiler dianteiro integrado ao para-choque, logo abaixo da tomada de ar; faróis de neblina com moldura circular cromada; faróis de xênon, o defletor de ar incorporado à tampa traseira; escapamento cromado; extrator de ar na cor preta; friso cromado sobre a placa; rodas de cinco raios e 17 polegadas (que têm partes pintadas de preto e que deixam à mostra parte do disco e das pinças de freio); e o selo que dá legitimidade esportiva ao sedã: a inscrição GT Reanult Sport, que fica abaixo da lanterna do lado direito.

 

POR DENTRO As mudanças internas incluem um exclusivo conjunto de instrumentos que, como convém a um bom esportivo, traz em destaque do lado esquerdo o conta-giros (analógico) e do lado direito velocímetro e marcadores do nível de combustível e da temperatura do líquido de arrefecimento do motor, todos digitais. Para os motoristas que gostam de dirigir de forma econômica, há indicadores do momento de trocar as marchas dentro do conta-giros. Mas o símbolo da “alavanquinha” é pequeno e obriga o condutor a desviar a atenção do trânsito. O mostrador do tanque é pouco preciso, pois as barrinhas que mostram a quantidade são muito grandes, o que obriga o motorista a ficar ligado na autonomia dada pelo computador de bordo para não ficar sem gasolina.

CONFORTO Devido à generosa distância entre-eixos (de 2,70m), o espaço interno do Fluence é suficiente para acomodar com conforto cinco pessoas. Por outro lado, as que têm mais de 1,80m são incomodadas pela pouca altura do teto no banco traseiro. Porta-malas tem capacidade familiar. O pacote esportivo interno inclui bancos com costura vermelha, que apoiam bem o corpo e as pernas; pedaleiras em alumínio; e as soleiras das portas com a inscrição Renault Sport. Entre os itens de conforto, destacam-se a chave do tipo cartão, que basta estar “por perto” para que o motorista acione o motor por meio do botão start/stop no painel e que trava e destrava a porta à medida que ele se aproxima ou se afasta do carro; o eficiente sistema de navegação, com tela de fácil visualização; e a qualidade do sistema de áudio (que tem Bluetooth e conexões USB/iPod e auxiliar).

Banco traseiro tem cinto de três pontos e apoios de cabeça para todos  
Banco traseiro tem cinto de três pontos e apoios de cabeça para todos



MANDANDO VER Quem aprecia um sedã, mas não quer fica naquele zero a zero típico de um carro dessa categoria, vai curtir muito o Fluence GT. Graças ao turbo (que é compacto e de última geração), quase 80% da força do motor 2.0 16V já aparece aos 1.500rpm. Ou seja, o motorista já sente o fôlego na arrancada, sendo que o torque máximo chega logo aos 2.250rpm. Em qualquer situação, a resposta ao comando do acelerador é imediata. Contribuem bastante para a boa performance os engates macios e precisos e o bom escalonamento do câmbio manual de seis marchas, que casou perfeitamente com esse motor. A suspensão também acompanha o ritmo esportivo, segurando bem o sedã, mesmo nas curvas mais fechadas e de piso irregular, sem sacrificar demais o conforto. A direção está bem calibrada, proporcionando leveza nas manobras e firmeza em velocidades elevadas. 

SEGURANÇA Também é digno de elogio o nível de segurança do GT. A começar pelos três apoios de cabeça e cintos de três pontos no banco traseiro, passando pela regulagem automática de altura dos fachos dos faróis. Se o motorista errar numa curva, ele é ajudado pelos controles de tração e estabilidade e pelo freio ABS. Na segurança passiva, o pacote engloba seis airbags (frontais, laterais e de cortina). Para completar, os sensores de estacionamento evitam problemas nas manobras em marcha a ré, pois a visibilidade traseira não é das melhores e o comprimento exagerado (4,64m) o torna meio desajeitado.

 

 

AVALIAÇÃO TÉCNICA
ACABAMENTO DA CARROCERIA
A pintura tem bom acabamento. A tampa do porta-malas está descentralizada e desnivelada. As portas do lado esquerdo têm montagem razoável, mas as do lado direito estão desniveladas entre si e a carroceria. As folgas fixas estão bem diferentes entre os dois lados. O capô está desalinhado em relação ao para-choque dianteiro, que tem folga fixa bem diferente na união com a extremidade do para-lama direito. 
REGULAR

VÃO DO MOTOR
O resultado do isolamento acústico em relação ao habitáculo é bom. O motor de quatro cilindros turbo e os seus componentes externos preenchem totalmente o compartimento, limitando bastante o acesso à manutenção. O capô tem bom ângulo de abertura e, quando aberto, é sustentado por vareta manual. Os itens de verificação permanente têm fácil identificação e acesso. 
REGULAR

ALTURA DO SOLO
Com 430 quilos de carga útil, o carro raspa a frente em saídas de garagem com desnível e a zona central do chassi ao transpor quebra-molas mais salientes e curtos. Toda a parte inferior do conjunto motopropulsor (motor e câmbio) tem proteção por chapa em aço de boa espessura. 
REGULAR

CLIMATIZAÇÃO
Sistema é do tipo automático digital e tem opção de regulagem de temperatura diferenciada para condutor e passageiro. A caixa de ar tem oito velocidades e tecla específica para uso soft e fast. Para os passageiros de trás, há dois pequenos difusores de ar (instalados no console central), que apresentaram boa vazão. O nível de ruídos de funcionamento é satisfatório. Está bem vedado. 
POSITIVO

FREIOS
O pedal tem ótima sensibilidade e relação. Os conjuntos dianteiro e traseiro estão bem dimensionados para a massa do veículo e o rendimento do motor. Apresentaram boa desaceleração, com reações uniformes nos dois eixos e manutenção da trajetória. O sistema ABS tem boa calibração. O freio de estacionamento atuou normalmente. Depois de uso esportivo severo em longa descida sinuosa, a resistência térmica foi positiva. 
POSITIVO

CÂMBIO
Em sexta marcha, a 110km/h, o motor gira suave a 2.300rpm. As relações de marchas/diferencial atendem bem a proposta desta versão com motor potenciado. As trocas de marchas são pouquíssimas, graças ao turbo e a ampla curva de torque do motor. A qualidade de engate é boa em precisão, maciez, curso da alavanca e pega no pomo. O nível de ruído de funcionamento do trambulador é baixo.
POSITIVO

MOTOR
Ele proporciona uma excelente dirigibilidade. A calibragem do turbo está bem definida, com entrada suave, bem progressiva e ótima resposta. No trânsito urbano, ele é muito ágil e tem boa fuidez, sendo bastante rápido, dinâmico e seguro em rodovias. Com o veículo carregado e ar-condicionado ligado, a perda no rendimento é mínima.

Motor 2.0 turbo tem bom fôlego em qualquer situação  
Motor 2.0 turbo tem bom fôlego em qualquer situação


POSITIVO

VEDAÇÃO
Boa contra água. 
POSITIVO

NÍVEL INTERNO DE RUÍDOS
O efeito aerodinâmico inicia-se a 100km/h e é crescente com a velocidade. Ao trafegar sobre piso de paralelepípedo, terra e asfalto ruim surgem vários ruídos no habitáculo. 
NEGATIVO

SUSPENSÃO
A relação entre conforto e handling está muito bem elaborada e definida na calibragem das suspensões, geometria e pneus homologados (aro 17 da série 55). O conforto de marcha é bem razoável para um automóvel esportivo, mas perde bastante com carga máxima e os pneus calibrados para essa condição. A estabilidade surpreende pela precisão e rapidez com que contorna curvas de raios variados com mínima inclinação da carroceria. No limite da aderência lateral e estabilidade direcional, os controles eletrônicos de tração e estabilidade atuaram com precisão.
REGULAR

DIREÇÃO
O volante tem boa pega e a coluna de direção, ajuste manual em distância e altura, ambos com bom curso. A assistência é elétrica e variável com a velocidade do veículo. No uso urbano, ela é bem confortável, leve e ágil; e em estradas, firme e com boas reações, o que traz segurança nas várias situações avaliadas. A velocidade do efeito retorno agrada e o diâmetro de giro é bom. A precisão em reta e curvas é muito boa. 
POSITIVO

ILUMINAÇÃO
O quadro de instrumentos tem iluminação permanente e boa visualização. A identificação dos interruptores instalados nos painéis de porta é fácil. O sistema tem sensor crepuscular. No teto há um plafonier na dianteira com lanterna e dois spots fixos integrados, e no centro, o mesmo conjunto. O resultado para a iluminação da área do habitáculo é positivo. Os faróis apresentaram boa eficiência e têm xênon no baixo e duplo refletor com lâmpadas halógenas para o facho alto, e os auxiliares estão embutidos no para-choque. A regulagem de altura em função da carga transportada é automática e há esguichos para lavar as lentes. As luzes de cortesia estão presentes nos para-sóis, porta-luvas, porta-malas e base inferior das portas dianteiras. 
POSITIVO

LIMPADOR DE PARA-BRISA
Tem sensor de chuva. As palhetas apresentaram boa qualidade e os (quatro) esguichos, boa vazão. A área varrida no para-brisa é satisfatória. O acesso ao reservatório de água (instalado dentro do vão do motor) é fácil. 
POSITIVO

ESTEPE/MACACO
A operação de troca é normal, mas ao utilizar o estepe (roda em aço e pneu Pirelli 205/65R15-94H, diferente dos de uso normal, que são Continental 205/55R17-91V), deve-se instalar os parafusos específicos de roda que vem no kit. Essa solução de pneu reserva diferente dos de uso não é funcional no Brasil, além de alterar o comportamento dinâmico do veículo, o que incomoda em viagem. O estepe fica no assoalho do porta-malas. Falta porca autoadaptadora antifurto. 
REGULAR

ALARME
A chave de ignição foi trocada por um cartão, que pode ser inserido no console ou permanecer no bolso do condutor, pois o sistema reconhece a sua proximidade e libera o botão de partida start/stop. O alarme tem abertura e fechamento dos vidros das quatro portas por um toque, com dispositivo antiesmagamento. O sistema tem proteção contra a abertura forçada das partes móveis, mas falta aquela dentro do habitáculo contra invasão pela quebra dos vidros.
REGULAR

VOLUME DO PORTA-MALAS
O declarado é 530 litros, e o encontrado foi 480 litros, com o banco traseiro na posição normal e triângulo de segurança dentro do vão. Mas a capacidade é prejudicada pelo mecanismo (com largas curvaturas) de sustentação da tampa, que invadem as áreas laterais no porta-malas. 

(*) Avaliações do engenheiro Daniel Ribeiro Filho, da Tecnodan.

www.danieltecnodan.wordpress.com

FICHA TÉCNICA
MOTOR
Dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16 válvulas, turbo (“twin scroll”), 1.998cm³ de cilindrada, a gasolina, que desenvolve 180cv de potência a 5.500rpm e 30,6kgfm de torque a 2.250rpm

TRANSMISSÃO
Tração dianteira, com câmbio manual de seis velocidades

SUSPENSÃO/RODAS/PNEUS
Dianteira independente, do tipo McPherson, com braço inferior triangular e barra estabilizadora; e traseira com eixo soldado em H, de deformação programada e barra estabilizadora / de liga leve de 17 polegadas/ 205/55 R17

Rodas de 17 polegadas têm desenho esportivo e pintura na cor preta  
Rodas de 17 polegadas têm desenho esportivo e pintura na cor preta



DIREÇÃO
Do tipo pinhão e cremalheira, com assistência elétrica variável

FREIOS
A disco nas quatro rodas, sendo ventilados na dianteira e sólidos na traseira, com sistema ABS, acompanhado de auxílio de frenagem de urgência (AFU) e distribuição eletrônica da força de frenagem (EBD)

CAPACIDADES
Do tanque, 60 litros; e de carga útil (passageiros mais bagagem), 430 quilos

EQUIPAMENTOS
DE SÉRIE
Aberturas elétricas do bocal do tanque e do porta-malas, ar-condicionado de duas zonas, bancos esportivos, chave do tipo cartão, computador de bordo, direção elétrica, teto solar elétrico, coluna de direção com regulagem de altura e distância, airbags frontais, laterais e de cortina; alarme, controles de estabilidade e tração, regulagem automática de altura dos fachos dos faróis, freios ABS, sensores de chuva, crepuscular e de estacionamento traseiro; CD player com Bluetooth, comando na coluna de direção e conexões USB, iPod e auxiliar. 

OPCIONAIS
Não tem.

 

 

Notas (0 a 10)
Desempenho 9
Espaço interno 8
Porta-malas 8
Suspensão/direção 9
Conforto/ergonomia 8
Itens de série/opcionais 8
Segurança 9
Estilo 8
Consumo 8
Tecnologia 9
Acabamento 9
Custo/benefício 8

Na traseira, defletor de ar incorporado à tampa do porta-malas e escapes cromados  
Na traseira, defletor de ar incorporado à tampa do porta-malas e escapes cromados

Quanto custa 
O Renault Fuence GT é vendido com um único pacote de equipamentos (sem opcionais), por R$ 80.540.

 
 
 
 
 
ONIX SEDAN OU NOVO PRISMA?
 
Chevrolet Prisma 1.4 (Foto: Fabio Aro)
 
 

O sedã derivado do Onix, nomeado de novo Prisma, já está nas lojas a partir de R$ 34.990, preço abaixo do que as concessionárias haviam informado na semana passada. O lançamento oficial acontece nessa terça-feira, em Joinville (SC), ao mesmo tempo em que a nova fábrica de motores da GM é inaugurada na cidade. A fábrica é responsável pela produção dos novos motores 1.0 e 1.4 flex, agora chamados de SPE/4 (e não mais Econo.flex), que já equipam o Onix e que a partir de agora chegam à gama Prisma.

De acordo com a tabela de preços divulgada no site da montadora, além da versão de entrada LT, a montadora oferece a LT 1.4, que chega por R$ 39.090, e a LTZ, a mais completa, ofertada ao valor de R$ 45.990 .

 

Além dos motores, o novo Prisma traz quase tudo do hatch. O design do exterior segue as mesmas linhas joviais do irmão e o espaço interno para passageiros não muda, já que o entre-eixos é o mesmo (2,53 m). Ainda assim, é mais espaçoso que o antigo Prisma (2,44 m). Os passageiros do banco de trás sofrem um pouco com a proximidade da cabeça ao teto, já que o design do sedã, assim como no Onix, lembra o estilo dos cupês.

Olhando de fora parece que o terceiro volume é curtinho, não? Mas aí vai a boa notícia para os consumidores que precisam de porta-malas: são 500 l de capacidade, segundo a GM. Em termos de comparação, é um bagageiro mais generoso que o do Voyage (480 l) e que o próprio Chevrolet Sonic Sedan (477 l). O rival Fiat Grand Siena tem porta-malas de 520 l.

Chevrolet Prisma 1.4 (Foto: Fabio Aro)
 

Produzido no complexo industrial de Gravataí (RS), o Prisma é feito sobre a nova plataforma GSV (Global Small Vehicle), que além do Onix também deu origem a modelos como Cobalt e Spin. Por isso esqueça o antigo sedãzinho, feito sobre a plataforma do Celta, que não tem nenhum parentesco com o Onix sedã.

Anda como o hatch

Os efeitos positivos da carroceria compacta aparecem na condução. A sensação é a de estar dirigindo o Onix, tamanha a similaridade com o hatch. A suspensão é firme, sem deixar de lado o conforto, a direção tem boas respostas e a transmissão manual de cinco marchas, a mesma utilizada no irmão menor, tem engates macios e certeiros. Na metade do ano chega o câmbio automático de seis marchas, que já equipa Cobalt e Spin, acompanhando o motor 1.4 flex.

No primeiro contato com o sedã, vimos que o motor 1.0, com torque máximo de 9,8 kgfm (etanol) aos 4.800 rpm, demora um pouco para embalar. Mas isso não acontece porque trata-se de um sedã. Afinal, o Prisma 1.0 LT, de 1.031 kg, equipado com rodas de aço aro 14, tem apenas 12 kg a mais que o Onix 1.0 LT. Mesmo com a diferença de peso, ele acelera como o hatch, com milésimos de diferença em nossos testes de aceleração e retomada.

A GM diz que a grande vantagem dos motores é a economia, apesar de não revelar dados de consumo. Os motores 1.0 e 1.4 flex, agora chamados de SPE/4 (de Small Performance Economy 4 Cilynders) passaram por atualização e receberam melhorias para ficarem mais econômicos. Lembrando: em testes da Autoesporte com o Onix 1.0, o hatch não surpreendeu no consumo e fez 6,6 km/l com etanol.

Chevrolet divulga porta-malas com capacidade para 500 l (Foto: Fabio Aro)


Com motor 1.0, o novo Prisma é oferecido somente na versão LT. Já a versão 1.4 está disponível nas configurações LT e no modelo topo de linha LTZ, cujas vendas devem responder por 70% do mix, segundo a GM. Além de airbag, ABS, direção, ar-condicionado, vidros e travas elétricas, a versão mais equipada traz faróis com máscara negra, frisos cromados nas laterais e kit multimídia MyLink, também oferecido no Onix.

O MyLink é opcional na versão LT, por R$ 1.300. O sistema traz tela de LCD sensível ao toque de sete polegadas no painel, entrada auxiliar e USB – não há CD Player. É possível ouvir músicas, acessar fotos e vídeos (com o carro parado) e falar ao celular sem tirar as mãos do volante, por meio do Bluetooth. No Prisma, a GM promete estrear dois novos aplicativos, ambos compatíveis com iOS e Android: o sistema de navegação por GPS, BringGo, e o TuneIn Radio, que dá acesso a 70 mil rádios internacionais.

O BringGo, disponível na Apple Store e Google Play, custa cerca de R$ 100, já o TuneIn é gratuito. É preciso ter o aplicativo no celular e pareá-lo com o kit multimídia para o sistema funcionar. Os donos de Onix que tiverem interesse pelos aplicativos precisam atualizar o kit multimídia na concessionaria

 
Chevrolet Prisma 1.4 (Foto: Fabio Aro)
 
 

O sedã derivado do Onix, nomeado de novo Prisma, já está nas lojas a partir de R$ 34.990, preço abaixo do que as concessionárias haviam informado na semana passada. O lançamento oficial acontece nessa terça-feira, em Joinville (SC), ao mesmo tempo em que a nova fábrica de motores da GM é inaugurada na cidade. A fábrica é responsável pela produção dos novos motores 1.0 e 1.4 flex, agora chamados de SPE/4 (e não mais Econo.flex), que já equipam o Onix e que a partir de agora chegam à gama Prisma.

De acordo com a tabela de preços divulgada no site da montadora, além da versão de entrada LT, a montadora oferece a LT 1.4, que chega por R$ 39.090, e a LTZ, a mais completa, ofertada ao valor de R$ 45.990 .

 

Além dos motores, o novo Prisma traz quase tudo do hatch. O design do exterior segue as mesmas linhas joviais do irmão e o espaço interno para passageiros não muda, já que o entre-eixos é o mesmo (2,53 m). Ainda assim, é mais espaçoso que o antigo Prisma (2,44 m). Os passageiros do banco de trás sofrem um pouco com a proximidade da cabeça ao teto, já que o design do sedã, assim como no Onix, lembra o estilo dos cupês.

Olhando de fora parece que o terceiro volume é curtinho, não? Mas aí vai a boa notícia para os consumidores que precisam de porta-malas: são 500 l de capacidade, segundo a GM. Em termos de comparação, é um bagageiro mais generoso que o do Voyage (480 l) e que o próprio Chevrolet Sonic Sedan (477 l). O rival Fiat Grand Siena tem porta-malas de 520 l.

Chevrolet Prisma 1.4 (Foto: Fabio Aro)

Produzido no complexo industrial de Gravataí (RS), o Prisma é feito sobre a nova plataforma GSV (Global Small Vehicle), que além do Onix também deu origem a modelos como Cobalt e Spin. Por isso esqueça o antigo sedãzinho, feito sobre a plataforma do Celta, que não tem nenhum parentesco com o Onix sedã.

Anda como o hatch

Os efeitos positivos da carroceria compacta aparecem na condução. A sensação é a de estar dirigindo o Onix, tamanha a similaridade com o hatch. A suspensão é firme, sem deixar de lado o conforto, a direção tem boas respostas e a transmissão manual de cinco marchas, a mesma utilizada no irmão menor, tem engates macios e certeiros. Na metade do ano chega o câmbio automático de seis marchas, que já equipa Cobalt e Spin, acompanhando o motor 1.4 flex.

No primeiro contato com o sedã, vimos que o motor 1.0, com torque máximo de 9,8 kgfm (etanol) aos 4.800 rpm, demora um pouco para embalar. Mas isso não acontece porque trata-se de um sedã. Afinal, o Prisma 1.0 LT, de 1.031 kg, equipado com rodas de aço aro 14, tem apenas 12 kg a mais que o Onix 1.0 LT. Mesmo com a diferença de peso, ele acelera como o hatch, com milésimos de diferença em nossos testes de aceleração e retomada.

A GM diz que a grande vantagem dos motores é a economia, apesar de não revelar dados de consumo. Os motores 1.0 e 1.4 flex, agora chamados de SPE/4 (de Small Performance Economy 4 Cilynders) passaram por atualização e receberam melhorias para ficarem mais econômicos. Lembrando: em testes da Autoesporte com o Onix 1.0, o hatch não surpreendeu no consumo e fez 6,6 km/l com etanol.

Chevrolet divulga porta-malas com capacidade para 500 l (Foto: Fabio Aro)

Versões

Com motor 1.0, o novo Prisma é oferecido somente na versão LT. Já a versão 1.4 está disponível nas configurações LT e no modelo topo de linha LTZ, cujas vendas devem responder por 70% do mix, segundo a GM. Além de airbag, ABS, direção, ar-condicionado, vidros e travas elétricas, a versão mais equipada traz faróis com máscara negra, frisos cromados nas laterais e kit multimídia MyLink, também oferecido no Onix.

O MyLink é opcional na versão LT, por R$ 1.300. O sistema traz tela de LCD sensível ao toque de sete polegadas no painel, entrada auxiliar e USB – não há CD Player. É possível ouvir músicas, acessar fotos e vídeos (com o carro parado) e falar ao celular sem tirar as mãos do volante, por meio do Bluetooth. No Prisma, a GM promete estrear dois novos aplicativos, ambos compatíveis com iOS e Android: o sistema de navegação por GPS, BringGo, e o TuneIn Radio, que dá acesso a 70 mil rádios internacionais.

O BringGo, disponível na Apple Store e Google Play, custa cerca de R$ 100, já o TuneIn é gratuito. É preciso ter o aplicativo no celular e pareá-lo com o kit multimídia para o sistema funcionar. Os donos de Onix que tiverem interesse pelos aplicativos precisam atualizar o kit multimídia na concessionária.

Chevrolet Prisma (Foto: Fabio Aro)

 

 

 

HONDA CIVIC 2.0. AGORA É O MAIS RAPIDO DA CATEGORIA

 

 

Honda Civic 2013 (Foto: Honda)

 

Com motor 1.8 de 140 cavalos, o Civic sempre apresentou desempenho muito bom. O modelo da Honda até mesmo chegava a bater a maioria dos concorrentes com mecânica 2.0. Então, por que adotar o 2.0? Para bater TODOS eles! O Civic 2.0 acaba de receber o motor 2.0 do CR-V, adaptado para flex. Com ele, a potência subiu de 140 para 155 cv. Resultado: na pista, o modelo LXR automático fez 0 a 100 km/h em 9,9 segundos. Até hoje, apenas os sedãs médios equipados com turbo conseguiam chegar a 100 km/h em menos de 10 segundos, caso do Jetta TSI, 408 1.6 THP e Fluence GT.

 

Isso, claro, com câmbio automático. Alguns modelos com transmissão manual conseguiam alcançar 100 km/h na casa dos “9”, mas também nisso o Civic volta a ser a referência. Na versão LXS (a única a continuar oferecendo o motor 1.8), o sedã da Honda agora faz 0-100 km/h em 9,6 segundos, graças ao novo câmbio manual de seis marchas.

 

 

Honda Civic LXR 2.0 2013 (Foto: Honda)
 
 

Mais que a melhora em acelerações, o Civic evoluiu sensivelmente nas retomadas de velocidade, tanto nas versões com motor 2.0 e câmbio automático (LXR e EXR), como na LXS, por conta do câmbio com uma marcha a mais e relações mais curtas.

Honda Civic LXR 2.0 2013 (Foto: Honda)
 

Além de ser a nova referência em desempenho, o Civic 2.0 também aboliu o tanque de partida a frio. O modelo (que está chegando às lojas já como linha 2014) utiliza velas aquecedoras. Funciona assim: quando o motorista aciona o destravamento de portas pela nova chave do tipo canivete, o módulo eletrônico envia corrente elétrica às velas aquecedoras (uma para cada cilindro), desde que a temperatura ambiente seja inferior a 20ºC, e o tanque esteja abastecido com etanol. A intensidade da corrente elétrica varia de acordo com a tempeartura: quanto maior o frio, maior será a amperagem. Por isso, a capacidade da bateria no Civic 2.0 é de 60 A/h. O engenheiro Alfredo Guedes Junior, supervisor de relações públicas da Honda, diz que a retirada do subtanque e de todo o sistema de partida a frio resultou em alívio de 50 kg. Isso porque o Civic com tanque auxiliar possui uma espessa chapa de aço entre o reservatório de gasolina e o motor.

Além das mudanças mecânicas, o Civic 2014 traz leves alterações no acabamento. A partir de agora, todas as versões têm revestimento na tampa do porta-malas.

Preços:

LXS 1.8 manual: R$ 66.690
LXS 1.8 automático: R$ 69.900
LXR 2.0 automático: R$ 74.290
EXR 2.0 automático: R$ 83.890

 

Honda Civic LXR 2.0 2013 (Foto: Honda)